e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
Pois é, a vida dela não foi a das melhores, mas ela soube tirar proveito de tudo o que acontecia e soube registrar de uma forma bela, assim como nossa grande escritora Rachel de Queiroz. As duas nos dão uma grandiosa lição.
Miguel Noronha Filho.
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